Adoro
essas pessoas “sem noção”. Elas têm um quê de inocência aliado a uma boa dose
de “abestalhadice” e deixam o nosso dia a dia bem mais divertido...
Eis
alguns episódios bem recentes:
Estava
eu na primeira reunião de pais e mestres da escola do meu filho. Não era do
tipo "palestra no auditório". Era daquelas que você senta nas cadeirinhas dos estudantes e fica conversando
com professores e pais, eventualmente, distribuídos nas salas de aula, separados por disciplinas.
Era a primeira vez que teria que conversar cara a cara com várias pessoas desconhecidas (quem me conhece sabe que isso já seria difícil em condições ideais de temperatura e pressão) trajando o meu nada discreto lenção coloridão na cabeça.
Era a primeira vez que teria que conversar cara a cara com várias pessoas desconhecidas (quem me conhece sabe que isso já seria difícil em condições ideais de temperatura e pressão) trajando o meu nada discreto lenção coloridão na cabeça.
Havia
preparado previamente o espírito da coordenadora da escola dizendo que estava
fazendo quimioterapia (odeio surpresas!) e, se fosse possível, estaria presente
no evento. Consegui ir. Ela recebeu-me com um abraço apertado e muito caloroso
(recebemos muitos nessa fase) o que me deixou bem mais confiante para enfrentar
o que poderia vir pela frente.
Em
sala de aula, em meio a professores e pais de alunos, com a sala razoavelmente
cheia, aparece-me uma mulher “sem noção”. Esse tipo não consegue ser discreto.
Atraída pelo meu inusitado look disparou, em tom de professor, em alto e bom
som, com a clareza diccional dos fonoaudiólogos. Ela estava posicionada no alto do
pedestal da sala de aula, para não haver dúvidas que todos pudessem escutar:
- Ei moça, como você consegue amarrar o seu lenço?
- Ei moça, como você consegue amarrar o seu lenço?
Eu,
totalmente desconsertada, logo respondi sussurrando (não deu nem para eu olhar
ao meu redor e fingir que não era comigo, quem mais estaria usando um lenço na
cabeça?), com a esperança de ela vir mais para perto de mim para uma conversa
reservada. E ela veio. Veio com tudo, inclusive para me analisar em 360°.
Acho que ela se conformou ao ver que eram apenas 2 nozinhos, simples, na nuca, que qualquer um com duas mãozinhas livres conseguiria fazer. UFA! Então ela se afastou feliz da vida por ter aprendido mais essa naquele dia.
Estava vendo a hora dela pedir para eu tirar da cabeça e ensinar o passo a passo daquela esdrúxula amarração.
Acho que ela se conformou ao ver que eram apenas 2 nozinhos, simples, na nuca, que qualquer um com duas mãozinhas livres conseguiria fazer. UFA! Então ela se afastou feliz da vida por ter aprendido mais essa naquele dia.
Estava vendo a hora dela pedir para eu tirar da cabeça e ensinar o passo a passo daquela esdrúxula amarração.
Esse
é um ótimo local para testar se o seu poder de sedução continua funcionando na
atual conjuntura.
Evite academias, clubes, praias, parques ou lugares de muito “verão”. Melhor concorrer com abacaxis, laranjas ou galinhas depenadas.
Evite academias, clubes, praias, parques ou lugares de muito “verão”. Melhor concorrer com abacaxis, laranjas ou galinhas depenadas.
Mas
vamos ao que interessa. Entro na feira (sim, a feira que frequento é um local
fechado) e uma senhorinha que ia saindo me olhou, me encarou com uma expressão
de super espanto, arregalou os olhos e os colou em mim.
Fiquei assustada também. Se ela gritasse, com certeza eu gritaria também. O que será que ela havia visto em mim? Não era um zíper aberto, nem uma calça molhada parecendo xixi, pois ela só olhava para cima... será rímel borrado ou batom de coloração da coleção passada? Um bago de feijão preso no dente? Bem, talvez fosse o lenço bege rosado amarrado na cabeça, combinado com uma maquiagem meio cigana, arrematado com um par de brincos pendurados que reluziam a manhã ensolarada. Essa combinação seria tão avassaladora assim?
Fiquei assustada também. Se ela gritasse, com certeza eu gritaria também. O que será que ela havia visto em mim? Não era um zíper aberto, nem uma calça molhada parecendo xixi, pois ela só olhava para cima... será rímel borrado ou batom de coloração da coleção passada? Um bago de feijão preso no dente? Bem, talvez fosse o lenço bege rosado amarrado na cabeça, combinado com uma maquiagem meio cigana, arrematado com um par de brincos pendurados que reluziam a manhã ensolarada. Essa combinação seria tão avassaladora assim?
Dei
um sorrisinho meio sem graça, mas ela continuava hipnotizada sem alterar a
expressão facial. Ela teve que passar por mim, afinal seguíamos em direções
opostas. Ela não se conformou e, no melhor estilo “exorcista”, girou a cabeça
enlouquecidamente, não me perdendo de vista. Ao longe, ainda pude vê-la, no
estacionamento, procurando por alguma coisa que tanto a perturbá-la naquela
manhã de sábado.
Como
nem todos os sem noção são do tipo “senhorinhas enlouquecidas”, quando vou
saindo da feira, nesse mesmo dia, um homem solta uma cantada para cima de mim...
rsrsr Dessa vez, ao invés de dar um sorrisinho meio sem graça, soltei uma
gargalhada, porém abafada com as mãos, que é assim que as tímidas fazem...
hehehe E foi daí que tirei que a feira é um bom lugar para testar seu poder...
hahaha
kkk ri demais...
ResponderExcluirkkk q bom!
ExcluirEste comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirEu imagino a tua cara tetela !!!!
ResponderExcluirkkk cara de paisagem... rsrsr
ExcluirStella, fico feliz com suas palavras: tão leves, tão verdadeiras!
ResponderExcluirInfelizmente não tive oportunidade de conviver com você mais de perto, e pelo pouco tempo que estive com você, me deu muita vontade de estreitar os laços!
Quem sabe agora, à distância, não acontece?
Estarei orando pela sua breve recuperação.
Grande abraço!!!
Oi Fabiana!
ExcluirSurpresa boa ver vc por aqui.
Com certeza, sempre é tempo de estreitarmos laços.
Muito obrigada pelas orações.
bjo