sábado, 11 de maio de 2013

Nem tudo são flores


Depois de um longo e tenebroso inverno, com frios e calafrios, voltei!

Essa, definitivamente, é uma época de descobertas.

Descobri que minha dor física tem trilha sonora e é proferida por mim mesma.

Esses últimos dias atravessei bastante dolorida. Começou com uma dor nos “quartos”. Os “quartos”, para mim, estão localizados na parte traseira do meu corpo, acima do bumbum, abaixo das costas. A dor era apenas no quarto esquerdo, mas já incomodava pela casa toda. Aguentei o dia inteiro, para ver se ela se cansava e ia embora. Mas se há alguma finalidade para dor, essa deve ser de avisar que algo não vai bem.

Ligamos para o meu atual anjo terrestre, meu médico, que poderia solucionar essa problemática. Ele determinou que eu fosse para um laboratório 24h para fazer exame de sangue e de urina. De sangue, já é meu velho conhecido, inclusive já me conformei com ele e consegui passar todo o meu medo para meus acompanhantes que sempre tentam negociar com os médicos e posteriormente advertir os tiradores de sangue da complicada rotina.

Chegamos ao hospital. Eu estava bem acabada. Além do look composto por moletom 2 números maior que o meu , um xale bem vovó, uma das minhas touquinhas , velha de guerra, nenhuma maquiagem (ninguém merece!) e um par de tênis, que segundo uma prima minha só é perdoado usá-los na academia. Bem que ela não mora aqui, eu seria banida da família.

Voltando ao hospital... A nossa terra está mesma cheia de anjos, e nesses tempos eles insistem em cruzar o meu caminho. Apareceu um rapaz, não sei de onde, que foi resolvendo toda a burocracia para que os exames se realizassem na mais possível rapidez. Só faltou ele ficar segurando o vidrinho para eu fazer meu xixi amarelinho. Mas não ficou. Assim que tudo se desenrolou, sumiu. Esses seres celestes são assim mesmo, sem educação.

Teríamos que esperar de 1 a 2 horas até que o resultado ficasse pronto. Eu sempre light propus para o doutor:

- Eu posso esperar em casa? Mamãe e papai ficam aí para pegar o resultado. (hehehe)

Infelizmente, eu teria que ficar porque dependendo do resultado ficaria internada por lá naquela noite mesmo.

Nada contra hospitais, atualmente até gosto deles (quando necessário). Penso em um hotel em que a hóspede principal sou eu, e todos estão trabalhando para o meu bem estar (bem princesa). Claro que saio de lá agradecida e recomendando a hospedagem.

Como eu estava debilitada de verdade, meu médico mandou que eu esperasse em um lugar, tipo um quarto, mas as paredes eram cortinas. Era bacaninha assim mesmo e ainda cabia 1 acompanhante , no caso a minha mãezinha. Os meus outros 3 leões de guarda (pai, marido e filho) ficavam se revezando para dar uma espiadinha de vez em quando.

Como esse povo de hospital adora ver as pessoas furadinhas, alguém teve a brilhante ideia de me colocar um sorinho (do tamanho de um botijão de gás) e soltou a infeliz sentença: 

- Vai logo puncionando a veia dela!

Está aí uma palavra que odeio: Puncionar. Credo!!!

Eu não falo palavrões. Não consigo. Já tentei. Ensaiei em casa, mas na hora não sai. Trava. Parece que minha voz e minha atitude corporal não combinam com as palavras. Acho tão bonitinho e até engraçado, mas quando chega minha hora, a oportunidade ideal, não vai... Se for outra vez ao psicólogo (só fui uma vez na vida) vou falar desse problema para ele. Mas enquanto isso não acontece, pois minha agenda está muito concorrida, vou usar o “puncionar” como tal.

- Vai te puncionar! - Puncione-se! - Vai puncionar no meio da tua veia moleque!

Soro nos deixa assim, nervosa mesmo.

Uma hora e mais outros intermináveis minutos depois... veio o resultado dos exames: Infecção urinária, das brabas.

Essa seria a menos pior das notícias, pois com esse diagnóstico pude voltar para casa.

Uma vez sob a proteção do meu lar pude dar vazão e volume a minha sonoplastia para as horas de dor, que estava temporariamente reprimida no hospital, para desespero de quem se posiciona a menos de 5 metros da minha pessoa.

Os sons constam de gemidos em forma de vogais nasalizadas que a primeira vista são constantes como um eletrocardiograma de um “de cujus” (= presunto, defunto, aquele um que seguiu a luz). Os mais atentos, porém, com os ouvidos apurados e que consigam adentrar-se na arte da coisa, vão perceber que existem nuances de tons e sons, e porque não de cores, capazes de ninar um bebê inquieto. Assim eu durmo e tudo melhora no dia seguinte.



4 comentários:

  1. oi, amiga, infecção urinária é chatinha mesmo...que bom que vc já está melhor! bjão

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    1. Oi querida amiga! Finalmente consegui postar! Obrigada pela dica!!! Infecção urinária é mesmo um saco! Tive no ano passado e incomoda pacas...mas ainda bem que foi descoberta logo e assim podes ficar boa o mais rápido possível! Bjs, Kharen

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  2. OI amiga! Muito feliz de ver vc por aqui!
    bjo!

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