Depois
de um longo e tenebroso inverno, com frios e calafrios, voltei!
Descobri
que minha dor física tem trilha sonora e é proferida por mim mesma.
Esses
últimos dias atravessei bastante dolorida. Começou com uma dor nos “quartos”. Os “quartos”,
para mim, estão localizados na parte traseira do meu corpo, acima do bumbum, abaixo
das costas. A dor era apenas no quarto esquerdo, mas já incomodava pela casa
toda. Aguentei o dia inteiro, para ver se ela se cansava e ia embora. Mas se há
alguma finalidade para dor, essa deve ser de avisar que algo não vai bem.
Ligamos
para o meu atual anjo terrestre, meu médico, que poderia solucionar essa problemática.
Ele determinou que eu fosse para um laboratório 24h para fazer exame de sangue
e de urina. De sangue, já é meu velho conhecido, inclusive já me conformei com
ele e consegui passar todo o meu medo para meus acompanhantes que sempre tentam
negociar com os médicos e posteriormente advertir os tiradores de sangue da complicada
rotina.
Chegamos ao hospital. Eu estava bem acabada. Além do look composto por moletom 2 números
maior que o meu , um xale bem vovó, uma das minhas touquinhas , velha de guerra,
nenhuma maquiagem (ninguém merece!) e um par de tênis, que segundo uma prima
minha só é perdoado usá-los na academia. Bem que ela não mora aqui, eu seria banida
da família.
Voltando ao hospital... A nossa terra está mesma cheia de anjos, e nesses tempos eles
insistem em cruzar o meu caminho. Apareceu um rapaz, não sei de onde, que foi
resolvendo toda a burocracia para que os exames se realizassem na mais possível
rapidez. Só faltou ele ficar segurando o vidrinho para eu fazer meu xixi
amarelinho. Mas não ficou. Assim que tudo se desenrolou, sumiu. Esses seres
celestes são assim mesmo, sem educação.
Teríamos
que esperar de 1 a 2 horas até que o resultado ficasse pronto. Eu sempre light
propus para o doutor:
-
Eu posso esperar em casa? Mamãe e papai ficam aí para pegar o resultado.
(hehehe)
Infelizmente,
eu teria que ficar porque dependendo do resultado ficaria internada por lá naquela
noite mesmo.
Nada
contra hospitais, atualmente até gosto deles (quando necessário). Penso em um
hotel em que a hóspede principal sou eu, e todos estão trabalhando para o meu bem
estar (bem princesa). Claro que saio de lá agradecida e recomendando a hospedagem.
Como
eu estava debilitada de verdade, meu médico mandou que eu esperasse em um lugar,
tipo um quarto, mas as paredes eram cortinas. Era bacaninha assim mesmo e ainda
cabia 1 acompanhante , no caso a minha mãezinha. Os meus outros 3 leões de
guarda (pai, marido e filho) ficavam se revezando para dar uma espiadinha de vez
em quando.
Como
esse povo de hospital adora ver as pessoas furadinhas, alguém teve a brilhante
ideia de me colocar um sorinho (do tamanho de um botijão de gás) e soltou a infeliz sentença:
-
Vai logo puncionando a veia dela!
Está
aí uma palavra que odeio: Puncionar. Credo!!!
Eu
não falo palavrões. Não consigo. Já tentei. Ensaiei em casa, mas na hora não
sai. Trava. Parece que minha voz e minha atitude corporal não combinam com as
palavras. Acho tão bonitinho e até engraçado, mas quando chega minha hora, a oportunidade ideal, não
vai... Se for outra vez ao psicólogo (só fui uma vez na vida) vou falar desse
problema para ele. Mas enquanto isso não acontece, pois minha agenda está muito
concorrida, vou usar o “puncionar” como tal.
-
Vai te puncionar! - Puncione-se! - Vai puncionar no meio da tua veia moleque!
Soro
nos deixa assim, nervosa mesmo.
Uma
hora e mais outros intermináveis minutos depois... veio o resultado dos exames:
Infecção urinária, das brabas.
Essa
seria a menos pior das notícias, pois com esse diagnóstico pude voltar para
casa.
Uma
vez sob a proteção do meu lar pude dar vazão e volume a minha sonoplastia para
as horas de dor, que estava temporariamente reprimida no hospital, para desespero de quem se posiciona a menos de 5 metros da
minha pessoa.
Os
sons constam de gemidos em forma de vogais nasalizadas que a primeira vista são
constantes como um eletrocardiograma de um “de cujus” (= presunto, defunto,
aquele um que seguiu a luz). Os mais atentos, porém, com os ouvidos apurados e que
consigam adentrar-se na arte da coisa, vão perceber que existem nuances de tons
e sons, e porque não de cores, capazes de ninar um bebê inquieto. Assim eu durmo
e tudo melhora no dia seguinte.
oi, amiga, infecção urinária é chatinha mesmo...que bom que vc já está melhor! bjão
ResponderExcluirObrigada querida, bjo!
ExcluirOi querida amiga! Finalmente consegui postar! Obrigada pela dica!!! Infecção urinária é mesmo um saco! Tive no ano passado e incomoda pacas...mas ainda bem que foi descoberta logo e assim podes ficar boa o mais rápido possível! Bjs, Kharen
ExcluirOI amiga! Muito feliz de ver vc por aqui!
ResponderExcluirbjo!